O Bloco Vai Quem Quer foi formado por um pequeno grupo de foliões que se reunia no bar do Almir, em Olaria, e depois de muita moqueca, cerveja e samba, saía pelas ruas e arrastava quem quisesse participar da brincadeira. Despretencioso, o bloco se caracteriza pela simplicidade e alegria dos foliões. Assim como o Olaria 2000 e Sururu do Dr. Roberto, o Vai Quem Quer também nasceu no bairro Olaria, berço da Mocidade Alegre.
Em 2011, entretanto, a alegria do bloco ficou contida. Sem uma verba satisfatória que pudesse custear as despesas com carro de som e músicos, além da tradicional moqueca e da obrigatória cervejinha, o bloco limitou-se a brincar somente na concentração, em frente ao bar do Almir.
Os foliões que ali compareceram para desfilar ficaram decepcionados e muitos não entenderam o motivo do rompimento da tradição de desfilar na quarta-feira de cinzas.
O final da noveleta "O Direito de Sambar" não podia ser diferente. O bloco, da mesma maneira como a escola de samba Mocidade Alegre de Olaria, sofreu o corte na subvenção concedida pela Prefeitura. Só a Mocidade Alegre de Olaria teve uma redução no valor de R$ 2.000,00, enquanto alguns blocos receberam mais recursos do que tinha sido prometido. Apesar da tentativa desesperada do Presidente da Mocidade junto ao Presidente da Guara Samba para manter o valor da verba que há mais de 10 anos era o mesmo, o corte aconteceu e a escola de samba teve que se contentar com o recurso repassado.
O bloco Vai Quem Quer não teve porém a mesma decisão da escola. Contrariados, os diretores decidiram não "botar o bloco na rua", para tristeza dos que já transformaram a quarta-feira de cinzas no último dia de carnaval da Cidade Saúde.
Tristes, encerramos a temporada 2011 de "O Direito de Sambar" com uma certa melancolia e saudade dos tempos em que a cultura guarapariense era levada mais a sério.
Por: Julio Cezar Gomes Pinto
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