Foram cinco meses de ensaios ininterruptos, mesmo nos dias em que a chuva ameaçou cair fortemente. Foram cinco meses de obediência ao cronograma preparado pela Diretoria para que a Escola de Samba mais alegre da cidade realize uma grande apresentação na Joaquim da Silva Lima, no dia 06, domingo de Carnaval.
Nesse período muitos impecilhos surgiram no meio da passarela, mas nenhum conseguiu desanimar a garra e a força dos que amam a Mocidade Alegre. Intrigas e fortes oposições - algumas declaradas e outras, não - se posicionaram diante do grupo que trabalha com afinco pela Escola e isso só serviu para tornar mais forte a vontade e a perseverança de todos.
A Mocidade também foi mais uma personagem da novela quixotesca que acontece a cada ano em Guarapari. A saga "O Direito de Sambar", batizada assim pelo Blog da Mocidade, teve momentos de aflição, angústia, comédia e ira. Tudo ao mesmo tempo! Por trás dos bastidores, muitas conversas truncadas e rasgação de seda, não foram ao ar ou não foram publicadas. Ele disse, ela disse, pago!, não pago!, etc, foram os diálogos que os autores da novelinha escreveram para todo o elenco.
No barracão, o Carnavalesco Robson Alves e o Chefe Edson Junior, Edinho, trabalharam com afinco e determinação nos destaques luxuosos com os quais a Mocidade irá encantar a platéia. Os meninos e meninas incumbidos de confeccionar as alas queimaram e furaram os dedos várias vezes mas com a satisfação de ver os produtos finais expostos ao público. As costureiras também não pararam! Até a rainha de bateria Carol e a porta-bandeira Henara entraram no ritmo frenético do "Ateliê da Mocidade".
E o que dizer da Bateria Mocidade Samba Show? O título responde por si só. Sob o comando do inovador Rodriguinho, que no último instante inventou de criar uma nova seqûencia de batidas e repiniques, a galera que pulsa a Mocidade está, à vespera do desfile, afinadíssima! Essa turma levou uma multidão de foliões aos ensaios que aconteceram no Estádio do América, ali mesmo na comunidade de Olaria. Nada mais propício!
No palco, Carlos Lemos, João Pagodinho, Valdo e Rogerinho do Cavaco usaram e abusaram da aparelhagem de som do incansável e "showman" Virgilinho. O rapaz não vê a hora de viajar para as montanhas só para descansar...
Contrariando as críticas de muitos céticos, os ensaios se tornaram verdadeiros eventos de grande público. Muitos diziam contrariados: "No campo do América?! Tão longe!" ...E o longe acabou se tornando o point do momento. Parabéns, e com honras, a Tarcísio Ribeiro e Paulo Allochio, a dupla que transformou esse sonho em realidade. Dois grandes "serafins azuis" que foram à frente e estão exaltando a grandiosidade da Mocidade Alegre.
E agora, cá estamos, prontos para apresentar um desfile de alto nível aos foliões da cidade e aos turistas que todos anos aguardam a passagem dos blocos para verem a Mocidade Alegre de Olaria transformar a Avenida Joaquim da Silva Lima num "mar de azul e branco".
Por: Julio Cezar Gomes Pinto.
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