segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Nasce a Escola de Samba "Acadêmicos de JK"

Os foliões guaraparienses têm agora mais um motivo para prestigiar o Carnaval da Cidade Saúde.
Foi criado no dia 18 de Agosto de 2010 o Grêmio Recreativo e Cultural Escola de Samba Acadêmicos de JK, cuja festa de apresentação do estandarte e dos croquis do Carnaval de 2011 ocorreu na tarde do dia 24 de Outubro, ali mesmo no Bairro Kubistchek.
O palco da animada festa foi o Cantinho do Jorge, o mesmo Jorge Luiz Azevedo Cabral, Presidente do Bloco "Quem Não Sabe Brincar, Não Brinca". O bar que já é conhecido de toda a comunidade de Kubstchek tornou-se a Sede da Nova Agremiação e recebeu decoração baseada nas cores da bandeira da Acadêmicos de JK: verde, laranja e branco.
A festa contou com a participação de diversas figuras já conhecidas do Carnaval de Guarapari. Participaram da Roda de Samba a Milena Lira de Deus, Presidente da Juventude de Muquiçaba, ao lado do Vice, Nelson Garcia; Simão Pedro, Carnavalesco da Imperatriz do Samba; o Vereador e morador do bairro Jorge Figueiredo; o compositor de sambas Jorge Trindade (Jorge Carvoeiro); além tantos outros sambistas como os Mestres de Bateria João Ananias e Silva do Pandeiro e o Intérprete da Rosas de Ouro Maxsuel Freitas.
A Acadêmicos de JK surge no cenário carnavalesco de Guarapari a partir de um sonho de Jorge Luiz que mostrou-se bastante confiante e animado:

" - Nós chegamos para ficar!", disse ele, "E não queremos ser meros expectadores".
Tímido, Jorge Luiz não teve impedimentos para enredar um intercâmbio com o pessoal da Escola de Samba Rosas de Ouro e estabelecer uma ótima parceria com músicos e intérpretes daquela agremiação. Tanto é que Maxsuel Freitas, da Rosas de Ouro, será o intérprete oficial do desfile da JK, ao lado de seus companheiros Ramon, Anderson e o cavaquinista Bam-Bam, também intérpretes daquela Escola Capixaba.
Os Carnavalescos Jean Bortollozzo e Douglas Talluzzo também tiveram participação na Rosas de Ouro e juntaram-se ao grupo com o objetivo de incentivar e dar suporte técnico à nova escola que nasce em solo guarapariense.
A nova escola de samba nasce com Enredo definido e vai retratar a História das Festas Juninas, numa criação dos Carnavalescos Jean e Douglas. Jean, que também aproveitou a ocasião para apresentar os croquis de suas fantasias (ainda sem valores definidos), disse estar com boa expectativa para a Escola, já que ela nasce com Sede própria, músicos acostumados ao samba e comunidade vibrante, como é a de Kubistchek.
A bateria da Escola, composta em sua maioria por jovens e adolescentes que estão despontando no samba, já vem com Rainha (Ednéia) e Madrinha (Fernanda), e será conduzida pelo igualmente jovem e talentoso Mestre de Bateria Weberson do Nascimento Fernandes, conhecido como "Cigano". Weberson, morador do bairro Perocão, tem apenas 16 anos e já é o 2º Mestre de Bateria da recém-nascida Escola Imperatriz do Samba.


A escolha do samba-enredo da Acadêmicos de JK terá a primeira eliminatória no dia 21 de Novembro, na Sede da Escola situada à Rua Circular, nº 206, no Cantinho do Jorge. E a decisão acontecerá no dia 05 de Dezembro.
Seja Bem-Vinda ao Carnaval de Guarapari, Acadêmicos de JK!


Ficha Técnica:
G.R.E.C.E.S Acadêmicos de JK
Fundação: 18 de Agosto de 2010
Cores do Pavilhão: Verde, Laranja e Branco
Presidente: Jorge Luiz Azevedo Cabral
Vide-Presidente: Nelson Garcia
Carnavalescos: Jean Bortollozzo e Douglas Talluzzo
Mestre de Bateria: Weberson do Nascimento Fernandes, o Cigano
Rainha de Bateria: Ednéia
Madrinha de Bateria: Fernanda
Sede: Rua Circular, 206 - Kubistchek - Guarapari/ES

Confira outras fotos da Festa de Apresentação da Acadêmicos de JK em nossa página no Orkut:
http://www.orkut.com.br/Main#Album?uid=11745481967342771255&aid=1287992118

sábado, 23 de outubro de 2010

Presidente da Liga Antecipa Novidades Para o Carnaval Capixaba de 2011

O carnaval será um pouco mais tarde em 2011. Mas o planejamento para que a folia seja a melhor dos últimos tempos já está a todo vapor. Para o desfile das escolas de samba capixabas, que ocorre nos dias 24, 25 e 26 de fevereiro - uma semana antes da folia oficial -, algumas mudanças já definidas foram apresentadas com exclusividade ao Gazeta Online pelo presidente da Liga Espírito-Santense das Escolas de Samba (Lieses), Rogério Sarmento.

Em entrevista ao canal online GTV na tarde desta sexta-feira (22), Sarmento anunciou mudanças estruturais na logística do sambódromo e a reestruturação do projeto de ensaios técnicos.

Um dos projetos da nova direção da liga desde o início da gestão de Sarmento deve começar a funcionar por completo para 2011. Os ensaios técnicos já foram feitos em 2010 em caráter experimental. E o público lotou arquibancadas para ver o treino das agremiações. Para o próximo carnaval, os ensaios técnicos começam ainda em 2010, e com supervisão da Lieses.

"Esse ano queremos fazer ensaios a partir de dezembro. Todos os sábados, um ensaio técnico de uma escola diferente. A liga já está buscando apoio e patrocínio para uniformizar 400 componentes de cada escola e para providenciar transporte de cinco a seis ônibus de cada escola. Esse ano foi amador e casa cheia. Imagina com sambão pronto pra isso", espera.

Organização

Outra mudança importante apresentada por Rogério Sarmento para o próximo desfile é com relação à concentração dos desfiles, na avenida Dário Lourenço de Souza, em Mário Cypreste. Para 2011, o acesso do público ao sambódromo não será feito pela concentração de desfile, como aconteceu até o último carnaval.

Para garantir a segurança dos foliões e a tranquilidade das escolas para terminarem as alegorias com bom espaço, nem torcedores, nem camelôs poderão ficar no local de concentração. O acesso à passarela da folia será pela Rua Noventa e Cinco, que começa atrás do antigo Hotel Príncipe e termina ao lado da Clínica dos Acidentados.

Dia de folia
O presidente da Lieses se mostrou confiante com o ritmo em que os desfiles têm crescido e disse que a folia local tem capacidade e talento para voltar a acontecer durante o carnaval oficial.

"Eu sempre fui a favor do dia oficial. Depois que o carnaval parou e voltou com uma semana de antecedência, todo mundo ficou com um pé atrás. Mas isso emplacou, depois. O capixaba é privilegiado. Ele curte dois carnavais. Podemos voltar a ser no dia oficial, mas não competindo com Rio de Janeiro. Isso pode ser feito nos mesmos dias de São Paulo. Mas isso deve ser feito com planejamento".

Regulamento

O regulamento das escolas de samba para a próxima folia foi feito com o reaproveitamento das regras utilizadas este ano. A liga avaliou os pontos equivocados e colocou as regras à disposição das escolas. Mas poucas se manifestaram.

"Esse ano, no dia 16 de agosto, nós enviamos o regulamento pronto para as escolas de samba. Elas tiveram aproximadamente 40 dias pra analisar e mandar sugestões. Mas apenas quatro responderam. Veja bem, nós temos dez escolas. Tinha que ser dez sugestões. As outras seis devem ter acatado o regulamento por completo. Se não mandaram sugestão, é porque aprovaram", confia.

O desfile das escolas de samba do grupo especial no carnaval 2011 será nos dias 25 e 26 de fevereiro, na quinta e sexta-feira antes da semana oficial de carnaval. Já as escolas do grupo de acesso vão desfilar na quinta-feira, dia 24 de fevereiro. As agremiações serão julgadas por uma comissão avaliadora composta por profissionais que atuam no carnaval de São Paulo.

Matéria Publicada no Gazeta On Line
Texto de Leonardo Soares

terça-feira, 19 de outubro de 2010

Mocidade Alegre: Rica História de um Passado Glorioso

Rogerinho do Cavaco é verdadeiramente um ardoroso fã da Mocidade Alegre de Olaria, não temos dúvida.
Cercado de centenas de registros antigos do glorioso passado do samba guarapariense, conduziu-nos até o seu "camarim" particular, ali mesmo na casa do Parque Areia Preta, onde mora há vários anos e revelou-nos um verdadeiro tesouro. Também tivemos o prazer de conhecer sua mãe Mirian e trocar algumas palavras sobre fatos antigos.
Sorridente e portador de uma impressionante simplicidade, abriu as portas de sua residência para receber a redação do Blog da Mocidade. Radiante, brindou-nos com relíquias dos carnavais de Guarapari, os quais guarda com muito cuidado. Entre diversos documentos históricos, mostrou-nos fotos, sinopses e panfletos de sambas-enredo de blocos e escolas de samba, discografia e letras de samba de sua autoria e de outros compositores, dignos de um "museu do samba guarapariense".
Rogerinho comprometeu-se também em nos conceder uma entrevista sobre sua carreira profissional e seus planos para o futuro. "Faremos uma roda de samba aqui, qualquer dia desses", disse ele sorrindo.
Além de excelente compositor, Rogerinho mostrou ser um apaixonado por História. É de sua autoria o texto original que conta a História da Mocidade Alegre de Olaria que adaptamos para este Blog.
A História da Mocidade Alegre de Olaria nos remete a um tempo em que as comunidades de Guarapari se envolviam de corpo e alma nos carnavais da cidade. Figuras conhecidas da população guarapariense tiveram grande destaque e influência nos sucessos da Escola, tais como Arnaldo Lyra, Bakoka, Dudu Azimuth, Dr. Roberto (aquele do Bloco do Sururu!) e tantos outros que são mencionados na narrativa.
Vale a pena recordar e reviver o antigo carnaval da Mocidade, tal como noz diz o samba de 1994: "as escolas colorindo a avenida... belos tempos sem iguais".

sexta-feira, 15 de outubro de 2010

Novo Presidente da Mocidade Fala aos Foliões

Tarcísio Ribeiro, o atual Presidente da Mocidade Alegre de Olaria, recebeu-nos na porta de seu escritório com o habitual e espontâneo sorriso. Surpreso e visivelmente feliz com a idéia do Blog, Tarcísio concordou em nos conceder essa entrevista logo após o primeiro contato que tivemos por telefone. Chamou-me de "Mister M", já que não sabia com quem falava.
Demos boas gargalhadas, e posso dizer até que o apelido veio bem a calhar. Afinal, a letra "M" é da Mocidade!
Tarcísio Ribeiro Dias Silva, o novo Presidente da Mocidade, nasceu e foi criado em Guarapari, terra que tanto ama. Seus pais se chamam Calizinho e Dona Zica.
Advogado, Tarcísio tem a hercúlea tarefa de preservar e manter de pé o trabalho de tantos foliões que derramaram suor e lágrimas pela Escola de Samba de Olaria ao longo desses mais de trinta anos de existência. Porém, o trabalho que deveria ser desgastante, torna-se para ele como "um hobby", pois faz o que gosta.

Abaixo, na íntegra, a entrevista que concedeu à Redação do Blog da Mocidade, ou melhor ao "Mister M, de Mocidade":



Blog da Mocidade: Como aconteceu essa história de você se tornar Presidente da Mocidade Alegre de Olaria?
Tarcísio: Sinceramente sempre tive vontade de me candidatar e me tornar presidente dessa Escola que admiro e que faço parte. Só não esperava que já fosse agora. Como a escola tem feito um excelente trabalho nos últimos anos, não queria que essa qualidade ficasse comprometida na avenida e decidi lançar minha candidatura para dar continuidade ao excelente trabalho realizado pela Diretoria anterior. A eleição ocorreu em 19 de Março do corrente ano e minha chapa ganhou por aclamação.


Blog da Mocidade: Como é ser Presidente da Escola de Samba Mocidade Alegre de Olaria?
Tarcísio: Dizer que é fácil não é. Dá muito trabalho. Eu e a Diretoria temos que nos dedicar para cada evento que organizamos e isso toma bastante do nosso tempo, mas procuro levar como um hobby, pois estou fazendo o que gosto.


Blog da Mocidade: Qual a composição da atual Diretoria da Mocidade?
Tarcísio: Na realidade, como sou muito observador, agora que estou formando a Diretoria, pois analisei o trabalho de todos que contribuiram ao longo do ano para saber com quem posso contar quando necessário.
Faço isso porque muitos, na "empolgação", pedem para fazer parte da Diretoria, querendo status, mas trabalhar que é bom, nada. E, não quero diretor só no papel, a escola precisa de gente para ajudar, não para aparecer. Mas posso adiantar alguns nomes:
Presidente: Tarcísio Ribeiro Dias Silva
Vice-Presidente: Paulo Alochio
Tesoureira: Cristina
e outros, como: Dináh, Diego, Pedro Presidente, Virgílio, Niltinho, Rodrigo, Rosane, Dilma, Wesley, enfim, várias outros colaboradores que ajudam no que podem à escola....


Blog da Mocidade: Quais as maiores dificuldades que a Mocidade Alegre enfrenta atualmente?
Tarcísio: São várias. Mas as principais são a falta de sede própria e apoio da iniciativa privada, principalmente os comerciantes de Guarapari. A Prefeitura, apesar de deixar tudo pra cima da hora, é a única patrocinadora da escola e isso é pouco. Para melhorar, a PMG poderia ao menos liberar recursos meses antes do carnaval. Geralmente a verba sai há uma ou duas semanas do carnaval, e com isso temos que literalmente nos virar para arranjar recursos para que as fantasias sejam confeccionadas. E mais, na última hora não tem mais o material que você precisa, e quando acha, está muito mais caro. O que torna o custo do carnaval muito alto.


Blog da Mocidade: Como a Mocidade está se preparando para o Carnaval de 2011?
Tarcísio: Fizemos alguns eventos para angariarmos recursos. Estamos fazendo reuniões quase toda semana. Alguns mutirões no "barracão" também foram realizados e conseguimos reciclar muito material para serem reutilizados no carnaval 2011. Os desenhos de todas as fantasias já estão prontos. Já temos uma equipe toda formada para que o Carvanal seja um sucesso. Enfim, no que depende da gente as coisas estão fluindo, só nos falta mais apoio tanto da iniciativa privada como do Poder Público.


Blog da Mocidade: Fale-nos sobre o enredo de 2011 e a escolha do samba:
Tarcísio: O Carnavalesco escolheu um enredo de fácil assimilação: "RAÍZES", que fala da origem do povo brasileiro. A sinopse já foi dada a todos os compositores interessados, e no dia 07 de novembro próximo, às 12h00 será a escolha do samba nas dependências do América Esporte Clube, em Olaria, onde além do um excepcional almoço (frango ao molho pardo com polenta), teremos como atração nosso amigo "Rogerinho do Cavaco" e banda.


Blog da Mocidade: Quem será o carnavalesco do próximo desfile?
Tarcísio: O Carnavalesco continua sendo o nosso amigo Robson Alves, que contribui muito para que cada ano nosso carnaval tenha mais qualidade. E no próximo não será diferente.


Blog da Mocidade: A comunidade de Olaria participa ativamente da Escola?
Tarcísio: Poderia participar mais, só que as coisas estão melhorando, já foi muito pior. Muita gente está oferendo ajuda e as coisas estão "clareando". Principalmente com os integrantes da bateria, maioria do bairro, que sempre quando solicitados têm ajudado a escola. Mas acho que para o próximo ano a comunidade estará mais presente, mais atuante.


Blog da Mocidade: Como você vê a participação do Poder Público na organização do carnaval de Guarapari?
Tarcísio: Sinceramente, a participação efetiva é pouca e precária. Não basta apenas liberar a verba e pronto: "fiz minha parte". Mais reuniões tem que ser realizadas. A Secretaria de Cultura tinha que intervir e ajudar mais. Sugerir enredo, por exemplo. Buscar parceria com a iniciativa privada (como fez com a festa da Cidade). E, principalmente, ajudar efetivamente na organização de todo o carnaval. Não repassar tudo para terceiros como fez no último carnaval, que transferiu para a AMOCENTRO a responsabilidade de organizar o carnaval do centro. 


Blog da Mocidade: Como é a relação da Liga das Escolas e dos Blocos com a Mocidade Alegre de Olaria?
Tarcísio: Como tenho pouco tempo de presidência, não sei dar maiores detalhes, pois até agora (já estamos em outubro) a Liga ou a Associação não procurou a gente para nada. Pelo visto, deixam para a última hora, o que não é nada bom.


Blog da Mocidade: A Mocidade também irá participar da Escola Imperatriz do Samba no Carnaval de Vitória?
Tarcísio: A Imperatriz já fez contato com a Mocidade, mas ainda não conversamos nada a esse respeito. Temos a intenção de ajudar no que estiver ao nosso alcance, mas qual tipo de ajuda nos será solicitada ainda não foi definida. 


Blog da Mocidade: Fale-nos sobre os próximos eventos da Mocidade.
Tarcísio: O próximo evento será a escolha do samba, como já relatei acima. Que será no dia 07/11, às 12h00 no América Esporte Clube, em Olaria. Onde teremos almoço (frango ao molho pardo com polenta) e a participação de Rogerinho do Cavaco e banda.


Blog da Mocidade: Gostaria de deixar uma mensagem aos foliões de Guarapari?
Tarcísio: Amigos... a Mocidade Alegre de Olaria está de braços abertos para recebê-los. Participem de nossos eventos. Colaborem conosco. E.... Atenção: TODOS OS ENSAIOS DO CARNAVAL 2011 SERÃO REALIZADOS NO CAMPO DO AMÉRICA ESPORTE CLUBE, EM OLARIA. Todos serão muito bem recebidos. Venham e tragam boas energias para que o nosso carnaval mais uma vez seja um grande SUCESSO!!!
Só quero ser feliz e poder ajudar a quem precisa.
Fazer o bem só traz o bem.
Agradeço desde já a colaboração de todos que de alguma forma têm ajudado à Mocidade.
Meus sinceros agradecimentos!!!!
A comunidade Olariense agradece!!!

quarta-feira, 13 de outubro de 2010

A Mocidade Define o Enredo de 2011

Raízes!

Esse é o Título do Enredo que a Mocidade Alegre de Olaria está desenvolvendo para  o Carnaval Guarapariense de 2011. O tema irá abordar a miscigenação em terras brasileiras.

A proposta é expressar na Avenida Joaquim da Silva Lima, a mistura dos Povos Indígenas, Brancos e Negros ocorrida a partir do descobrimento do Brasil, em 1500.

A Escola abordará as questões culturais, étnicas, religiosas e sociais que até hoje são motivo de discussões e estudo por parte de artistas e intelectuais brasileiros.

O samba-enredo, não entanto, ainda nao foi escolhido, mas os compositores da Escola estão de posse da sinopse para desenvolverem suas criações.





Confira a Sinopse do Enredo de 2011

Novamente Olaria, escoltada por uma falange de Serafins azuis, faz sua procissão de paz e amor e anuncia que está em festa. Mais do que isto. Que o Brasil está em festa. O carnaval é a única festa do mundo que consegue reunir milhões de pessoas com um único objetivo: mostrar, cada um a sua maneira, que a vida é bela e que é preciso vivê-la com intensidade e responsabilidade.
Estaremos mostrando e cantando o porquê do brasileiro, que mora em “...um país tropical, abençoado por Deus e bonito por natureza...”, é considerado um povo festeiro, alegre, receptivo...
E é neste fervor de viver alegremente a vida que no carnaval de 2011 a Mocidade Alegre de Olaria pede permissão aos antropólogos, principalmente ao mestre Darcy Ribeiro, para falar de um assunto tão próprio deles, as Raízes do povo brasileiro.
Vamos fazer a festa deste povo que maravilhosamente soube se mesclar até resultar numa raça singular entre as raças das nações mundiais.
Falar de nossas RAÍZES é um prazer inigualável. Falar da origem da nossa ‘raça’ com toda a riqueza que a torna peculiar é deliciosamente maravilhoso. Afinal de contas vivemos em nosso dia-a-dia com toda a herança que os ÍNDIOS, BRANCOS e NEGROS nos deixaram. Quer seja na comida, na cultura, na religiosidade, nas artes, na variedade de cores quer seja no estilo, no respeito à natureza e na alegria de viver. Cada pilar na sua maneira, na sua forma, na sua concepção.
Nas veias de todos nós, brasileiros, corre sangue indígena, sangue europeu e sangue africano. É esta mistura ‘quente’ que nos embala a cantar a nossa raça. É a miscelânea entre três fabulosos, grandiosos e de cultura e valores diversificados que iremos mostrar em nosso carnaval.
O Brasil que daí nasceu transcende a um princípio de unidade geral: negros, índios e europeus ganham um só corpo, se transformam em uma só gente, em uma só nação...
Serão três temas em um... Três enredos em um...  Três carnavais em um chamado OLARIA...


Olaria
É numa explosão de azul e branco que Olaria abre o seu carnaval cantando as cores do seu pavilhão.
O azul da harmonia e da serenidade, da cor do céu e do mar...
O branco da paz, da união e do desejo de um só povo, uma só nação...


Índios
Habitantes de Pindorama (*)...
Dono desta terra tropical...
Senhor das exuberantes florestas de majestosos animais e aves de belas  e coloridas plumagens...
População numerosa que acreditava nas forças da natureza e nos espíritos dos antepassados. Para estes deuses e espíritos, faziam rituais, cerimônias e festas. Transmitiam estes conhecimentos a todos os habitantes da tribo perpetuando as tradições e costumes.
Os indígenas que habitavam o Brasil em 1500 viviam da caça, da pesca e da agricultura e faziam objetos utilizando as matérias-primas da natureza, a quem mantinham um relacionamento de intenso respeito, e dela retirava somente o necessário para a sua sobrevivência.
Desta maneira, construíam canoas, arcos, flechas e suas habitações (oca). A palha era utilizada para fazer cestos, esteiras, redes e outros objetos. A cerâmica também era muito utilizada para fazer potes, panelas, urnas funerárias e utensílios domésticos em geral. Penas e peles de animais serviam para fazer roupas ou enfeites para as cerimônias das tribos. O urucum era muito usado para fazer pinturas no corpo para festas, rituais ou guerras.
* Pindorama: Em tupi-guarani significa Terra das Palmeiras.



Europeus
Abril de 1500...

Três caravelas, lideradas por Pedro Álvares Cabral, rasgavam os “... mares nunca dantes navegados...”. Os europeus desconheciam outras rotas marítimas a não ser as que levavam para o Oriente.
Inesperadamente (dizem, por acaso), deram nos costados de uma terra nos trópicos, terra de índios e índias, madeiras e outras riquezas que tais.
Era Pindorama...
O branco chega com uma visão eurocêntrica, sentindo-se superior e procurando impor sua cultura. Mostra para o que veio. Celebra a Primeira Missa e rebatiza a terra indígena para:
Ilha de Vera Cruz...
Terra dos Papagaios...
Terra de Santa Cruz...
Brasil (devido à abundância da valiosa madeira cor de brasa)
De imediato o “homem branco” não se mostra muito interessado pelas terras ‘recém descobertas’ a não ser pela extração do ‘pau-brasil’... Somente 30 anos após inicia o processo de colonização do Brasil numa tentativa de protegê-la contra as constantes invasões dos piratas franceses e holandeses no litoral brasileiro, principalmente no nordeste... No entanto, por duas vezes os franceses fundaram colônias no Brasil: uma no Rio de Janeiro (França Antártica) com o Vice Almirante francês Nicolas Durand de Villegagno, e outra, no Maranhão (França Equinocial) com o Capitão da Marinha Francesa Daniel de La Touche.


Somente com a vinda da Corte Portuguesa, em 1808, fugida das tropas napoleônicas foi que o ‘homem branco’ português apoderou-se de fato de sua colônia americana. Trouxeram muito dinheiro, obras de arte, documentos, livros, bens pessoais, cultura, música, costumes e outros objetos de valor. A missão francesa transformou o Rio de Janeiro numa cidade imperial... O Brasil passa a integrar o  Reino Unido a Portugal e Algarves.


Negros
África...

Berço da humanidade...

Rica civilização...

Navios negreiros...

Olorum, o Princípio Criador...


Quando eram trazidos nos porões dos navios negreiros para serem escravos no Brasil, os negros africanos trouxeram uma enorme dose de  seus deuses, uma vasta cultura musical e demonstrações de força nos trejeitos e gingados de suas danças.

Mesmo proibidos pelos senhores de engenhos, com todas as imposições e restrições, os negros não deixaram a cultura africana se apagar. Escondidos, realizavam seus rituais, difundiam seus ritmos de forte marcação e danças em grandes festas nas senzalas e terreiros e mantiveram suas representações artísticas e até desenvolveram uma forma de luta: a capoeira.

Tocavam seus instrumentos, dançavam e cantavam suas invocações e lamentos aos santos protetores (Orixás – intermediários entre o mundo terrestre e o Deus Negro) dando vazão às suas esperanças de liberdade. Reagindo à escravidão fugiam dos engenhos formando os famosos quilombos nas florestas. Aí viviam em liberdade praticando a cultura, a língua e os rituais religiosos africanos. O mais famoso foi o Quilombo de Palmares, comandado por Zumbi.


Apesar de não ser o foco do desenvolvimento do nosso enredo, não podemos deixar de reconhecer como dói no coração lembrar como foi dolorida a colonização de nosso país e reconhecer como desvalorizamos nossa identidade... Como fechamos os olhos à nossa etnia... Como desconhecemos a formação do povo brasileiro.
E como forma de resgatar e valorizar a nossa origem, Olaria abordará a riqueza das cores, da intensidade da vida, a beleza das artes, do estilo, da religiosidade e alegria de cada raiz...  É uma abordagem artística necessária para relembrar ao povo brasileiro, a Guarapari e a todos os visitantes de nossa cidade quão rica é nossa história...
Afinal, o mix do povo brasileiro nos cobra esta consciência de valorização. Temos que respeitar nossas diferenças, a memória e honra da coragem e da raça.

Desafio nobre para nosso povo de tão lindas raízes...

Viva Olaria...
Viva o povo brasileiro...
Viva a força do carnaval...

Robson Alves
Carnavalesco/2011

A Redação.

Projeto Compasso Conduz as Crianças na Avenida


Eu morro de orgulho dos meus amigos, gentemmmmmm…. Em primeiríssima mão, o Ziriguidum tem o ORGULHO de apresentar-lhes o “Projeto Compasso”.
Aprovado pela Lei Rubem Braga o “Projeto Compasso”, postulado pela renomada porta-bandeira Andressa Leal Santos, tem como objetivo, formar pequenos cidadãos com conhecimento cultural na arte do bailado do casal de mestre-sala e porta-bandeira, além de oferecer palestras sócio-educativas com os seguintes temas: Relação Interpessoal; Orientação Sexual; Prevenção ao Uso de Drogas, Sustentabilidade e Meio Ambiente e Direitos Humanos e Cidadania.
As inscrições serão realizadas por meio da internet em site ainda não divulgado e poderão participar crianças e adolescentes com idades entre 07 e 17 anos, matriculados preferencialmente em escolas públicas.
O início das aulas está previsto para até o fim do primeiro semestre e o local provável é o centro de Vitória, sendo ministradas também por professor de educação física, dança e artes cênicas, bem como apresentação de profissionais com relatos de experiência, tais como Rogério (Kira), Maurinho Carnaval, Verônica, João Felipe, Diego, Jocelino, Bruno, dentre outros.
Então, se você ainda estiver na faixa etária estipulada, faça como esta diva que voz fala e que fez 15 anos no último dia 12:  APROVEITE, porque eu vou agarrar com unhas e dentes a oportunidade de realizar o meu sonho e ser porta-bandeira….
Vamos enriquecer o carnaval capixaba com a formação dos novos casais de mestre-sala e porta-bandeira!
Bom, é claro que todos nós concordamos que um projeto deste calibre é mais do que bem vindo em nossa comunidade… Torcemos que outros venham e que… enfim, a iniciativa pública efetivamente intervenha em políticas sociais por intermédio do samba, mais precisamente do carnaval.
A-D-O-R-O  gente bem intencionada!! Se precisarem de uma professora de LUXO, POSTURA e CARÃO…. podem me convidar que eu vou, em! (olha a gordinha se achando) 
Beijo, me liga!!!

Matéria publicada no site Ziriguidum: http://www.ziriguidumvitoria.com.br/
Em 24/03/2010, por Priscila Gama

Confira também a matéria do Programa Em Movimento, da TV Gazeta:



sexta-feira, 8 de outubro de 2010

Começa a Produção do CD do Carnaval Capixaba

O disco, que fica pronto até o dia 10 de outubro, deve chegar às mãos do sambista na primeira semana de dezembro.

O trabalho não é nada simples. Gravar um disco com dez faixas, dez cantores e agradar a dez comunidades diferentes é complicado. E o andamento das gravações é puxado. Mas, com dedicação e amor pelo samba, tudo fica mais fácil. É assim a gravação do CD das escolas de samba capixabas para o Carnaval 2011. O disco, que fica pronto até o dia 10 de outubro, deve chegar às mãos do sambista até a primeira semana de dezembro.

Como este ano as quatro escolas do grupo de acesso não participarão do CD, o disco terá os dez sambas-enredo das escolas do grupo principal. E cada um deles precisa de uma atenção especial, para  que a identidade das escolas esteja presentes nas músicas, revela o produtor do CD, Glaydson Santos, da SS Produções, empresa que grava o CD do Carnaval Capixaba de 2011.

"As escolas não são iguais. Os intérpretes têm suas características e as baterias também. O objetivo principal é fazer um disco com a cara de cada escola e também com a cara do carnaval capixaba, mostrando o melhor que nós temos no Estado", aposta.


Processo

O trabalho de gravação e mixagem do CD dura cerca de um mês e é conduzido por 12 profissionais do Espírito Santo. No estúdio, tudo é feito separadamente. Em cada dia de gravação, os profissionais se dedicam a um tipo de instrumento. A equipe faz gravações de um único instrumento para as dez faixas. Só depois que todos estão gravados é que eles são reunidos e dão forma a cada faixa do disco.

Todos os intérpretes já passaram pelo estúdio e gravaram a voz guia, que serve como referência. É em cima do canto dos puxadores que os músicos criam os arranjos e montam a 'evolução' da bateria do CD. Agora, os cantores oficiais só voltam para a gravação da voz final com as faixas prontas.

Faltando apenas chamar os cantores novamente para colocarem a voz oficial nos sambas, Glaydson e os outros músicos acompanham detalhadamente a afinação e o volume de cada instrumento, para que os sambas de todas as escolas tenham um padrão de qualidade.

"Essa parte é muito importante na gravação do CD. Eu não posso ter um instrumento que é mais alto que a voz do intérprete, pois as pessoas não podem ficar sem entender a letra do samba. Então tem que ficar cada coisa no seu lugar".

Lançamento

A previsão é de que as faixas já estejam prontas para a reprodução até o dia 10 de outubro. A partir desta data, o CD é enviado para Manaus, onde será feita uma tiragem de sete mil cópias do disco para distribuição e venda. A parte visual do disco, que conta com a capa e o encarte, também de responsabilidade da gravadora e é feito por uma empresa terceirizada.

A previsão de lançamento do CD dos sambas-enredo capixabas para 2011 é para a semana em que se comemora o Dia Nacional do Samba, na primeira semana do mês de dezembro. O desfile das escolas de samba no Sambão do Povo em 2011 será nos dias 25, 26 e 27 de fevereiro, no final de semana que antecede o carnaval oficial.

Veja a ordem das faixa do disco:

1.
Boa Vista - "Reciclar com arte"
2. Novo Império - "Saiu do Papel meu Carnaval"
3. MUG - "Mocidade - A cerevisia que contagia"
4. Pega no Samba - "Irmandade de Misericórdia: curar às vezes, remediar constantemente e consolar sempre"
5. Jucutuquara - "Dá um tempo!"
6. Barreiros - "De Santas a Imperatrizes. São tantas Marias, Teresas e Leopoldinas pelo meu Brasil"
7. São Torquato - "Quimeras"
8. Piedade - "Senhoras e senhores, bom espetáculo"
9. Imperatriz do Forte - "Do barro a surgir, num toque moldar. Num ladrilho a história a arte criar"
10. Tradição Serrana - "De Paranapuã à serra encantada dos Deuses Temininós"

Obs.: as escolas de samba Rosas de Ouro da Serra, Chegou o Que Faltava, Imperatriz do Samba (convidada) e Andaraí não participam do CD por estarem no grupo de acesso
Texto e Foto de Leonardo Soares


O Carnaval 2011 já Começou em Cachoeiro

Maravilhosa iniciativa da Administração Municipal de Cachoeiro do Itapemirim que deveria ser seguida por outras administrações do Estado.
Com a proposta de oferecer um Carnaval melhor que do ano de 2010, a Secretaria de Arte e Cultura está trabalhando desde já no incentivo aos foliões daquele Município e realizando ações voltadas ao Carnaval de 2011. Além das oficinas de mestre-sala e porta-bandeira, a Secretaria Municipal irá realizar também a Oficina de Bateria e workshop de comissão de frente e samba-enredo. A novidade maior, entretanto, está na contratação de uma consultoria na área de desenhos e figurinos e de alegorias.
Vale a pena conferir a notícia veiculada pelo Folha do ES!

"A Secretaria Municipal de Arte e Cultura está pro­movendo uma série de oficinas e workshops visando o Carnaval 2011, a maior fes­ta pagã do mundo, e para isso vem reunin­do sistematicamente os carnavalescos do município. Hoje, as escolas de samba de Cachoeiro de Itapemirim partici­pam de mais uma das oficinas de carnaval que estão sendo ofe­recidas pela prefei­tura, por meio da Lei Rubem Braga – edital 2010. Casais de mes­tre-sala e de porta-bandeira que desfilam pelas agremiações ca­choeirenses farão a 2º Oficina de mestre-sa­la e de porta-bandei­ra. Dessa vez, os par­ticipantes poderão aprender teoria e prá­tica sobre a arte da dança, o condiciona­mento físico, o alon­gamento, o sincro­nismo, a postura e o estilo do casal que conduz a bandeira da escola. Todos os conteúdos serão ministrados por dois dos maiores no­mes no assunto no Espírito Santo. São eles Andressa Leal e Bru­no Santos, que desfi­lam no carnaval ca­pixaba e já ganharam vários prêmios. Ela fez carreira na Uni­dos da Jucutuquara e já foi, inclusive, con­vidada para defender a bandeira da escola de samba carioca Capri­chosos de Pilares. Ele desfila pela Imperatriz do Forte. As oficinas e workshops vão continuar até às vésperas do Carnaval 2011 que acontece em março.


O TRABALHO CONTINUA
Segundo o coordenador do Carnaval 2011 em Cachoeiro, Anclebio Ju­nior, além dessa, serão realizadas duas outras oficinas de mestre-sala e de porta-bandeira, com temas diferentes. Ao fi­nal, os casais participan­tes farão uma apresenta­ção para o público.“É importante que todas as agremiações partici­pem deste processo de capacitação para que o desfile de 2011 possa ser ainda mais grandioso do que foi o de 2010. Etapas importantes ainda estão por vir, como a oficina de bateria, o workshop de comissão de frente e samba-enredo, além da grande novidade, que é a contratação de uma con­sultoria na área de de­senho de figurinos e de alegorias, oferecida por carnavalescos renoma­dos”, disse."

Matéria publicada no Site Folha do ES, em  8/10/2010 >>> http://www.folhaes.com.br/folhaes/noticias.asp?nID=28446

quinta-feira, 7 de outubro de 2010

Elisa Coelho e Paulo Balbino em Entrevista

Ninguém pode negar a grande colaboração dada à Escola de Samba Mocidade Alegre de Olaria pela dupla que está conquistando o Sambão do Povo. Trata-se do "Casal do Samba" (título nosso) Paulo Balbino e Elisa Coelho.
Nos tempos em que Paulo Balbino trabalhava para a Mocidade como carnavalesco (e ele sempre fazia questão de dizer que não era carnavalesco durante os desfiles) a Escola viveu dias de glória, com apresentações de fantasias e alegorias que enchiam os olhos dos foliões.
A Mocidade Alegre de Olaria não pode jamais negar a importância dessa dupla e que vai ficar na memória de todos os admiradores da Escola, quando então a comunidade de Olaria sentia orgulho em desfilar na Avenida Joaquim da Silva Lima.
Rendemos nossa homenagem aos bailarinos Paulo Balbino e Elisa Coelho pelo grande trabalho que desenvolveram na Mocidade e transcrevemos abaixo alguns trechos da entrevista concedida a Tamara Nascimento, correspondente do Site Viva Samba:


Hoje venho aqui falar de mais uma dupla que dá certo. Para muita gente esta dupla não existe, porque a metade dela prefere ficar nos bastidores, mas é de extrema importância para a obra ser concluída. Uma vez quando o Paulo Balbino estava recebendo um dos seus vários prêmios do Carnaval Capixaba, ele agradeceu a sua esposa Elisa, ai alguém falou que ninguém nunca via esta esposa, um amigo meu respondeu: "Ela é que nem nossa Senhora de Fátima, só aparece para três criancinhas, que são elas: Iamara, Arion e Tadeu". (rsrsrs)
Elisa Nunes Coelho, professora de artes e balet, (não sei o que seria dela se não existisse a dança), formada pela Universidade Federal do Espírito Santo e mãe da Karollyne, nasceu na cidade de Guarapari no 27 de novembro, dia que eu vou lá tomar café com bolo e fofocar como sempre (rsrsrs). Com os ensaios da comissão de frente nos tornaram grandes amigas. Ela é peça chave para que esta comissão saia perfeita. O Paulo faz a coreografia e ela se responsabiliza pelos ensaios, e que ensaios... Sempre muito precisa, dedicada e uma paciência que só ela tem, cuida da roupagem não só da primeira ala, mas está sempre verificando se tudo está certo dentro do barracão.
Paulo Roberto Balbino, professor de educação física e também formado pela UFES, personal trainer, bailarino, coreógrafo e carnavalesco, nascido no dia 21 de junho na cidade de Rio Novo do Sul. O Paulo fazia carnaval em Guarapari quando o Mauro Pinto da Unidos da Piedade o trouxe para Vitória, onde se consagrou com a sua maneira irreverente de fazer carnaval.
Amado por uns e criticados por outros, onde o acusam de deixar a comunidade de fora do carnaval, sem direito de subir nos carros, confeccionar suas próprias fantasias... Enfim, sempre o estão acusando de tirar o povo da posição de destaque nas escolas, e por onde ele passa não deixa lastro, ou seja, não deixa trabalho feito. Mas estas mesmas escolas sempre têm pelo menos um prêmio ganho no nosso carnaval graças ao trabalho do Paulo. Em 2004 a comissão de frente da Piedade ganhou todos os prêmios, em 2006 a Barreiros além de ganhar o título do Grupo de Acesso, papou também dez, dos nove prêmios oferecidos pelo Jornal "A Tribuna", só ficando para trás mestre sala e porta bandeira. Em 2007 e 2008, a Andaraí conseguiu dois vice-campeonatos inéditos na sua história.
Algumas pessoas falam que ele é polêmico, mas ele afirma que gosta das coisas certas e concluídas com responsabilidade. Hoje está assumindo novamente a Andaraí e garante que vai vir para a briga, pois está reestruturando a escola com uma Diretoria renovada, e também vai se aprimorar muito nos carros alegóricos, já que para alguns críticos dizem que ele não sabe fazer carros. Agora é a vez dele mostrar que sabe e muito bem, pois a Andaraí estará investindo e dando condições para isso. Nós da equipe Viva Samba estávamos num delicioso café com bolo, que é sempre servido na casa deles toda tarde, e aproveitamos para fazer umas perguntinhas básicas (rsrsrs).

Viva Samba: Como vocês chegaram ao mundo do samba?

Paulo Balbino: Na verdade não gostava de carnaval, não sou folião, sempre corria léguas, mas admirava a arte de fazer carnaval. Quando conheci a Elisa, começamos a trabalhar juntos na dança e ela me convidou a desfilar, no ano seguinte me tornei carnavalesco de uma escola em Guarapari. Numa dessas idas ao Rio para fazer compras fui abordado por um assistente do Joãozinho Trinta e convidado para desfilar na Beija-Flor. Desfilei como composição de carro, depois semi-destaque. Quando o Milton Cunha veio para a Beija-Flor eu passei a ser destaque. Nesse meio tempo o Laíla sabendo que eu era bailarino, me convidou para fazer parte da trupe que viajaria para a Suíça, foi quando eu passei muito tempo dentro dos barracões e quadra ensaiando o show, e pude viver a realidade de se fazer carnaval. Depois dessa viagem a minha vida mudou, a Comissão de Carnaval da Beija-Flor me passou para destaque do carro Abre alas. A Fabíola esposa do Anísio vinha no 1A e eu no 1B.
Elisa Coelho: Sou foliã de berço, filha de porta estandarte e uma das fundadoras da escola de samba Mocidade Alegre de Olaria em Guarapari, onde desfilo a vinte e nove anos, alguns desses como Madrinha de Bateria.


Viva Samba: Paulo, como você começou como carnavalesco?
Paulo Balbino: Eu e a Elisa produzimos alguns espetáculos de dança e decoração de aniversários e casamentos em Guarapari, as pessoas vendo que eu tinha noção de figurino e cenografia, me convidaram a ser carnavalesco.

Viva Samba: Tradicionalmente as escolas de sambas nasceram nas comunidades, como vocês envolvem estas comunidades a participarem deste evento?
Paulo Balbino: Nos viemos de Guarapari, mas nosso ateliê continua lá, e na época que fazíamos o carnaval da Mocidade de Olaria, a gente formou um time de aderecistas maravilhoso, que eram do bairro e hoje continuam trabalhando conosco e são responsáveis por tudo que sai de nossas cabeças, sinto muito orgulho disso. Nesse ano de dois mil e nove na Barreiros, distribuímos protótipos para serem confeccionados na comunidade e o trabalho foi excelente, continuarei com este trabalho na Andaraí, mas confesso que sou muito chato com acabamentos. Quem sabe para o carnaval de dois mil e dez eu consiga trazer a comunidade para meu socorro.

Viva Samba: Qual a maior dificuldade que vocês encontram num barracão de Escola de Samba?
Paulo Balbino: Sempre trabalhei com escolas muito carentes, sem quadra e sem estrutura nenhuma, e o grande desafio é fazer carnaval com pouca grana, ou quase nenhuma. Quando fico sabendo dos valores que a MUG e Jucutuquara gastam, fico imaginando se eu tivesse um terço... Quanta coisa a mais eu poderia fazer? Porque tenho muitas idéias, mas chega um momento que não consigo mais voar, é como se chumbasse meus pés no chão, sinto que meus sonhos, meus projetos ainda não foram para a avenida, mas estou lutando para mudar isso e já consegui muita coisa com pouco dinheiro.
Elisa Coelho: Penso que seja o material humano, uma vez que até mesmo remunerado, sentimos uma dificuldade na mão de obra especializada, ou seja, bons aderecistas que primam por um bom acabamento.


Confira a Entrevista na íntegra, no site do Viva Samba, através do link abaixo: